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Como secas extremas podem redefinir o futuro dos peixes na Amazônia 1x1n2c

Carcaça de peixe no leito seco do Lago Tefé durante a estiagem de 2024. Foto: Alessandro Falco/INCT Adapta 3n45b

  • A seca mais severa registrada na Amazônia, em 2023, seguida por um novo recorde em 2024, desencadeou múltiplos riscos para a biodiversidade de peixes amazônicos, como aquecimento das águas, perda de habitats, reprodução limitada e crescimento comprometido.

  • Os peixes são a principal fonte de proteínas e outros nutrientes para os habitantes da região; várias espécies de interesse pesqueiro, como tambaqui, jaraqui e matrinxã, estão entre as mais ameaçadas pelas secas.

  • Em um cenário de aquecimento global de 1,5 ºC, já se projeta uma intensificação das secas na região; caso o aquecimento ultrae os 2 ºC, o risco de secas prolongadas, severas e frequentes aumenta significativamente, com impactos na segurança alimentar e na biodiversidade amazônica.

  • Políticas de curto prazo podem ser adaptadas a essa nova realidade, como ajustes nas políticas de defeso, que determinam períodos em que a pesca de certas espécies é proibida; em médio prazo, é crucial investir na modernização do monitoramento dos estoques pesqueiros.

MANAUS, Amazonas – Em setembro de 2024, a paisagem no Médio Solimões, no estado do Amazonas, contrastava com sua exuberância habitual. “Quando estávamos chegando em Tefé, e o avião se preparava para pousar, fui impactada ao ver tudo muito seco, com bancos de areia se multiplicando por entre as águas”, descreve a bióloga Susana Braz-Mota.

O Lago Tefé fica próximo à Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, uma área de 1,12 milhão de hectares composta por florestas de várzea alagadas pelos rios Solimões e Japurá. Toda a região é, normalmente, um mosaico de águas com grande importância ecológica.

Durante a cheia, o Rio Solimões traz consigo sedimentos e nutrientes que fertilizam as terras alagáveis, sustentando toda a fauna e a flora. A abundância de recursos nessas áreas reguladas pelos ciclos naturais de inundação favorece a diversidade de peixes na reserva: 541 espécies catalogadas, o que corresponde a 20% de toda a diversidade da bacia amazônica.

Mas a seca histórica de 2023, seguida por uma enchente fraca em 2024, alterou drasticamente o ambiente, forçando os peixes a sobreviver em águas rasas e mais quentes que o habitual.

Susana viajou de Manaus a Tefé com o também biólogo Rafael Duarte para investigar os impactos da estiagem sobre os peixes da Amazônia. Cientista amazonense, ela está habituada à imensidão dos rios, mas ouviu dos pescadores frases que se tornaram comuns no período: “já havíamos visto secas antes, mas nunca uma tão forte como essa”.

A baixa histórica dos rios expôs os peixes a múltiplos riscos: desde os efeitos do calor em seus organismos até impactos na reprodução e na cadeia alimentar dos habitats. Embora essas pressões afetem todas as espécies, há a preocupação de que peixes de interesse pesqueiro para as comunidades amazônicas estejam entre os mais sensíveis às mudanças nos pulsos de inundação.

Paisagem do Lago Tefé em setembro de 2024, durante seca história. Foto: Alessandro Falco/INCT Adapta

Lago Tefé: antes e depois 3443q

A Amazônia já está entre 0,6 ºC e 0,7 ºC mais quente, segundo acompanhamento dos últimos 40 anos. Com o planeta caminhando para um aquecimento de 2 °C em relação à era pré-industrial, as temperaturas na região podem subir ainda mais neste século, chegando a aumentar entre 3 °C e 4 °C, segundo o Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Temperaturas elevadas já alteram o ciclo de chuvas na Amazônia. Em 2023, a bacia enfrentou uma combinação de seca intensa com ondas de calor sem precedentes, resultando na perda de 3,33 milhões de hectares de superfície de água – o equivalente a três vezes a área de Manaus ou a 22 vezes a da cidade de São Paulo.

O Lago Tefé tornou-se um exemplo contundente dessa transformação. Entre setembro e outubro de 2023, sua área encolheu em 75%, ando de 379 km2 para      95 km2, com apenas meio metro de profundidade nos pontos mais rasos. No mesmo período, a temperatura da água atingiu a máxima de 41 ºC, permanecendo acima de 37 ºC por dias consecutivos — acima da média usual para a mesma época do ano, entre 29 ºC e 30 ºC.

Nos últimos dois anos, os baixos níveis dos rios dominaram a agenda de pesquisas e reuniões de Ayan Fleischmann, especialista na dinâmica das águas do Instituto Mamirauá      e residente de Tefé. Segundo ele, os ribeirinhos costumam dizer que, após uma seca extrema, vem uma cheia igualmente extrema. “De fato, quando chegamos em janeiro, o rio começou a subir muito. Mas, em fevereiro, estagnou”, relata.

Em junho de 2024, período que costuma marcar o auge da cheia, os rios estavam abaixo da média, deixando muitos igapós sem alagamento no Lago Tefé. Como referência de comparação, o nível do Rio Solimões, em Coari, chegou a 16,14 metros em 30 de junho, abaixo dos 17,83 metros registrados em 2023 e dos 18,8 metros de 2022, nas mesmas datas.

Tefé, a maior cidade do Médio Solimões, tem 73.669 habitantes, segundo o censo de 2022. Assim como a fauna e a flora, as comunidades locais dependem dos pulsos de inundação dos rios para pesca e transporte. Com a seca, esse equilíbrio foi rompido, revelando um cenário de insegurança alimentar e dificuldade de o a serviços básicos.

Carcaça de peixe na beira do Lago Tefé durante a estiagem de 2024. Foto: Alessandro Falco/INCT Adapta

A temperatura da água ameaça a biodiversidade dos peixes? 1941

“Compreender o limite térmico dos peixes é essencial para prever quais espécies são mais resistentes ao aumento da temperatura”, explica Rafael, que há mais de 20 anos estuda os peixes amazônicos.

Diferentemente de nós, humanos, os peixes dependem de fontes externas de calor para regular a temperatura corporal. Por isso, quando a temperatura do ambiente muda, seu organismo precisa se ajustar para sobreviver a condições mais adversas.

“Em águas mais quentes, os peixes gastam mais energia para manter funções básicas, como se alimentar, reproduzir e nadar”, explica Susana. “Esse esforço extra os torna mais vulneráveis a problemas como parasitas e até danos ao material genético.”

As mudanças climáticas podem tornar as condições da bacia amazônica ainda mais extremas. Temperaturas elevadas reduzem a quantidade de oxigênio dissolvido na água, ao mesmo tempo que aumentam a necessidade de mais oxigênio para os peixes, dificultando a respiração e comprometendo seu metabolismo. Isso pode desacelerar o crescimento dos juvenis e aumentar o estresse fisiológico.

No auge da estiagem de 2023, Susana esteve no Lago Janauacá, na região metropolitana de Manaus, onde registrou níveis de oxigênio de apenas 0,5 mg por litro — perigosamente próximos de zero. Em condições como essa, o calor extremo e a baixa oxigenação tornam-se letais, como ocorreu em Tefé e Janauacá, onde comunidades relataram alta mortalidade de peixes.

Os biólogos Rafael Duarte e Susana Braz-Mota capturam peixes em Tefé para seus experimentos. Foto: Alessandro Falco/INCT Adapta

Espécies diferentes de peixes reagem de formas distintas às variações de temperatura no ambiente. Estudos conduzidos por Susana e Rafael em Tefé mostraram que o aracu (Schizodon fasciatus), com potencial de produção pesqueira de 4.660 toneladas, é particularmente vulnerável. Quando exposto a temperaturas próximas ao seu limite, a espécie sofre um estresse que altera a estrutura celular, podendo danificar o DNA e causar mutações.

Já o tambaqui (Colossoma Macropomum), cujo consumo no Amazonas chega a 60 mil toneladas por ano, demonstrou tolerar temperaturas acima de 40°C em testes experimentais. No entanto, essa resistência não representa uma margem de segurança: exposições prolongadas ao calor podem causar efeitos deletérios antes mesmo de provocar a morte.

Expostos a temperaturas entre 29 °C e 30 °C, tambaquis juvenis apresentam menor crescimento devido à dificuldade de converter alimento em energia. Em testes até 38°C, os peixes exigiram mais oxigênio para manter funções básicas – um fator preocupante durante secas extremas, quando o oxigênio na água também é mais escasso.

Diante dessas evidências, a pesquisa sobre a tolerância térmica dos peixes tem um potencial preditivo: em um futuro mais quente, ou com mais secas, é possível presumir que as espécies mais sedentárias terão mais chances de sobreviver, pois gastam menos energia para manter suas funções básicas em meio à adversidade.

Mas ainda que essa previsão se confirme, restaria a dúvida: sobreviver em que condições? Tendo em vista os efeitos que a temperatura acarreta nos animais, ainda assim estaríamos diante de um cenário de peixes menores e vulneráveis a doenças.

Secas recorrentes como a de 2023 representam um grave risco à biodiversidade dos peixes da Amazônia. Essas espécies evoluíram ao longo de milhões de anos em vastas áreas, com recursos abundantes e temperaturas estáveis.

Eventos extremos, porém, alteram drasticamente essas condições, podendo levar à seleção de algumas espécies e à redução das mais de 2.300 já descritas. “Para a Amazônia, menor biodiversidade também significa perda de qualidade de vida para quem vive aqui”, destaca Susana.

No entanto, Rafael destaca que transpor as conclusões obtidas no ambiente controlado de um laboratório para o ambiente natural é um desafio. Afinal, diversos fatores de risco presentes em um habitat podem influenciar a resposta dos peixes à temperatura. “Em Tefé, por exemplo, há intenso tráfego de barcos, e estamos investigando se a contaminação por óleo dos motores afeta negativamente sua capacidade térmica”, aponta.

Pescador procura por peixes em lago reduzido no Parque Nacional de Anavilhanas, em novembro de 2023. Foto: Tiago da Mota e Silva/ INCT Adapta

Lagos rasos e quentes: uma tendência pelo mundo e3b2o

O que aconteceu na Amazônia chamou a atenção de pesquisadores ao redor do mundo. Um deles é Priit Zingel, da Estônia. Em 2023, ele visitou a região pela terceira vez para conduzir estudos em dois lagos: Janauacá e Lago do Prato, este situado no Parque Nacional de Anavilhanas, a nove horas de barco de Manaus pelo Rio Negro.

“Presenciar aquela seca foi um grande impacto para mim”, recorda Zingel. “Quando conheci a Amazônia, a imensidão das águas me trouxe uma sensação de liberdade, de possibilidades infinitas. Sabíamos antecipadamente que a situação era extrema, mas vê-la de perto foi deprimente.”

Zingel estuda lagos ao redor do mundo, com foco nos chamados “lagos rasos”. Assim como muitos lagos amazônicos, esses ecossistemas possuem profundidade suficiente para que a luz solar alcance o fundo, geralmente até 5 metros, permitindo o crescimento de plantas aquáticas.

Na Amazônia, lagos conectados a rios, como o Tefé, também permitem a migração de peixes entre habitats. Durante a estiagem, esses lagos oferecem refúgio e alimento aos animais, graças à abundância de plantas aquáticas. No entanto, variações intensas no nível da água podem transformar o habitat, afetando a disponibilidade de nutrientes e a competição por recursos.

Outros lagos ao redor do mundo enfrentam desafios semelhantes. No continente africano, o Lago Chade encolheu de 25 mil km² nos anos 1960 para apenas 2,5 mil km² nos anos 1980, mas vem se recuperando desde então. Na Bolívia, o Lago Poopó secou completamente em duas ocasiões, em 2015 e 2021.

Diante desses desafios, Zingel investiga os impactos de longo prazo das oscilações no nível da água sobre os peixes, comparando a relação entre tamanho e peso em 10 espécies diferentes. As amostras foram coletadas em duas secas amazônicas: uma típica, em 2019, e a extrema de 2023. Os resultados são contundentes: com a seca severa, as proporções entre tamanho e peso dos peixes ficaram menores, tanto os sedentários quanto os mais ativos, como as piranhas.

Mesmo que algumas espécies tolerem águas mais quentes, as variações no nível dos lagos criam desafios para os peixes de maneira geral. “Todos esses fatores afetam a dinâmica das populações. Com eventos como esse se tornando frequentes, é razoável presumir que as espécies mais resistentes se tornem dominantes”, pondera Zingel. “Mas, se muitas espécies forem perdidas, as populações remanescentes se tornam mais vulneráveis e o ecossistema como um todo perde resiliência.”

Quais espécies de peixes podem ser mais vulneráveis a eventos de seca extrema?
Características principais Por quê? Exemplos de espécies
Peixes de média migração São peixes que desovam em lagos, várzeas ou canais secundários. Suas larvas dependem da segurança e dos nutrientes que essas áreas proporcionam. 1, 2 Pacu, tambaqui
Peixes de longa migração São espécies que percorrem longas distâncias rio acima para desovar, com ovos e larvas transportados pela correnteza até áreas de crescimento. Secas intensas podem interromper esse ciclo ao reduzir a conectividade entre rios e lagos. Além disso, são espécies que costumam apresentar taxas metabólicas mais elevadas, e por isso, são mais vulneráveis ao aumento da temperatura. 1, 2 Dourada, piramutaba, piraíba, jaraqui, curimatã
Peixes que vivem nos limites de sua tolerância à temperatura Peixes que já vivem em ambientes de temperatura elevada e podem atingir seu limite térmico durante secas extremas, tornando-se mais vulneráveis ao estresse e à mortalidade. 3, 4, 5 Aracu, matrinxã, sarapó
Peixes de metabolismo mais intenso Vivem mais próximos à lâmina d’água e dependem de alta disponibilidade de oxigênio para sustentar seu metabolismo acelerado. 6, 7 Tucunaré, bicuda, piranha

Pesca ameaçada 73b3t

Três fatores são cruciais para entender o impacto das estiagens extremas sobre a pesca: mortalidade, crescimento e reprodução dos peixes. A combinação de altas temperaturas da água e baixa oxigenação já impõe um risco iminente nessas três frentes.

Como as pesquisas indicam, mesmo os peixes que sobrevivem a esse ambiente alterado não encontram condições ideais para crescer. Além disso, o estresse térmico pode comprometer a reprodução, afetando a qualidade do esperma e o desenvolvimento das larvas. Por fim, a desconexão entre lagos e rios impede a migração, um processo essencial para os ciclos reprodutivos de muitas espécies.

Carlos Edvar de Freitas, professor da Universidade Federal do Amazonas, engenheiro ambiental e especialista em pesca, alerta que todos os peixes com ciclos reprodutivos sincronizados aos pulsos dos rios estão em risco. Entre eles estão espécies de grande interesse pesqueiro, incluindo migradores de longas distâncias, como a piraíba e a dourada, e peixes que desovam em lagos no início da enchente, como o tambaqui e o pacu.

Pescadores do Lago Tefé durante a seca em setembro de 2024. Foto: Alessandro Falco/INCT Adapta

“Há uma palavra-chave para quem trabalha com pesca: recrutamento. É o momento em que os peixes jovens se juntam ao estoque de adultos”, explica Carlos. “Uma seca extrema pode atrasar a desova de muitas espécies amazônicas. Em outros casos, a desova ocorre, mas as larvas se tornam presas fáceis no leito do rio, sem conseguir alcançar os lagos. Tudo isso reduz o recrutamento, um impacto que só será percebido na próxima temporada de pesca.”

Por isso, leva tempo para compreender plenamente o impacto de uma seca na população de peixes. Um estudo publicado em 2024 analisou dados de pesca no Baixo Amazonas e confirmou que a produtividade é diretamente influenciada por eventos climáticos que alteram os habitats. No entanto, a pesquisa utilizou dados coletados entre 1993 e 2005, o que evidencia o hiato entre a pesquisa de campo e a publicação dos resultados — que ainda não considera os impactos das secas extremas deste século.

Ainda há poucos estudos que relacionam a produtividade da pesca com variáveis ambientais e fisiológicas dos peixes. Como destaca Carlos, os estudos existentes são, em sua maioria, conduzidos por universidades, com financiamentos pontuais, e não integram uma política pública regional de monitoramento.

“Faltam dados de captura para modelar os estoques pesqueiros. Mas essa não é uma tarefa que os pesquisadores podem realizar sozinhos”, defende Carlos. “A estatística deve ser conduzida pelos governos estaduais, com apoio do governo federal. Essa precisa ser uma informação de Estado.”

Eventos extremos mais frequentes: e agora? 261l1f

Para Carlos, ignorar esses riscos é preparar o terreno para uma crise futura. Na Amazônia, a pesca de pequena escala é fundamental para a segurança alimentar e a redução da pobreza, gerando receitas de aproximadamente 465 milhões de dólares por ano e mais de 160 mil empregos. Em uma região onde o consumo de peixes está entre 130 e 180 kg por pessoa anualmente, a atividade pesqueira sustenta milhares de famílias e a economia local.

Desde que voltou de Tefé, Susana tem percorrido congressos para alertar sobre a gravidade da seca e o risco de sua repetição. No entanto, mesmo com a paciência necessária para explicar, repetidamente, um problema de importância crucial, sua decepção é evidente.

“Eventos extremos como o que vivemos não são isolados e tendem a se repetir com consequências cada vez mais graves. A maior parte das discussões e das estratégias de mitigação ainda está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, enquanto o Norte, que desempenha um papel crucial no equilíbrio climático global, permanece subrepresentado”, desabafa. “Precisamos de políticas e investimentos que considerem as particularidades da região e a urgência da situação.”

Solo rachado do Lago do Prato, no Parque Nacional de Anavilhanas, durante a seca histórica de 2023, em novembro. Foto: Tiago da Mota e Silva/INCT Adapta

Carlos Freitas integra um grupo que lançou um documento com recomendações para políticas públicas diante da seca. No curto prazo, o documento propõe mudanças na política do defeso, ajustando o período de proibição da pesca de certas espécies quando há previsão de estiagens severas. Além disso, sugere a inclusão de novas espécies na lista de proibição, caso sua vulnerabilidade a eventos extremos seja comprovada. O documento também reforça a necessidade de intensificar a fiscalização contra a pesca ilegal, evitando a captura de peixes imaturos antes de seu recrutamento.

Em médio prazo, recomenda-se o investimento na aceleração da coleta de dados e no aprimoramento das ferramentas de previsão dos impactos nos estoques pesqueiros. Em um cenário de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, a informação é a melhor forma de prevenção. “Além disso, a Amazônia precisa de canais de comunicação entre a universidade, os tomadores de decisão e as comunidades ribeirinhas”, defende Carlos.

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1 Duponchelle F, Isaac VJ, Rodrigues Da Costa Doria C, et al. Conservation of migratory fishes in the Amazon basin. Aquatic Conserv: Mar Freshw Ecosyst. 2021; 31: 1087–1105. https://doi.org/10.1002/aqc.3550
2 Siqueira-Souza F, Deus , Amadio S, et al. Secas extremas podem impactar a pesca na Amazônia. 2024.
3 Dichiera A, Jung E, Oyinlola M, Brauner C. Limited Thermal Capacity of Amazonian Fishes to Survive in a Warming World. In: Souza S, Braz-Mota S, Val A (ed). The Future of Amazonian Aquatic Biota. Springer, 2024.
4 Braz-Mota S, Duarte RM, Val AL. Contrasting thermal and hypoxic responses of species from blackwater and whitewater rivers. Journal of Fish Biology, 1–14, 2025. https://doi.org/10.1111/jfb.70059
5 Campos DF de, Mota SB, Almeida-Val VMF de, Val AL. Glycolytic modulations and antioxidant capacity in Amazonian fish, Bryconops giacopinii (Characiformes: Iguanodectidae), living at high temperature. Neotrop ichthyol [Internet]. 2024;22(2):e230130. https://doi.org/10.1590/1982-0224-2023-0130
6 Braz-Mota S, Almeida-Val VMF. Ecological adaptations of Amazonian fishes acquired during evolution under environmental variations in dissolved oxygen: A review of responses to hypoxia in fishes, featuring the hypoxia-tolerant Astronotus spp. J. Exp. Zool, 335, 771–786, 2021. https://doi.org/10.1002/jez.2531
7Braz-Mota S, Val AL. Fish mortality in the Amazonian drought of 2023: the role of experimental biology in our response to climate change. J Exp Biol 1 September 2024; 227 (17): jeb247255. https://doi.org/10.1242/jeb.247255

Imagem do banner: Carcaça de peixe no leito seco do Lago Tefé durante a estiagem de 2024. Foto: Alessandro Falco/INCT Adapta

 

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